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A integração adequada e eficiente do sistema sócio-econômico no ZEE é um objetivo prioritário desta proposta e foi objeto de uma série de recomendações específicas junto à Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável dentre as quais destacamos as seguintes:
A análise do sistema sócio-econômico regional (eixo, região ou bacia) dará ênfase à sua influência sobre a dinâmica espaço-temporal do uso e ocupação das terras e das unidades de paisagem decorrentes.
Em todas as situações analisadas constata-se que o crescimento econômico gerou e gera disparidades crescentes na relação centro-periferia, na distribuição de renda decorrente dessas diferenças e em suas consequências sobre a problemática do uso e ocupação das terras.
As disparidades inter e intra regionais e suas relações com os problemas do uso e ocupação das terras e dos recursos naturais necessitam ser integradas corretamente no ZEE, o que implica o estudo das economias regionais, dos mercados de trabalho, da população e da demografia, do crescimento e da dinâmica econômico, através de um vasto leque de indicadores sócio-econômicos e ambientais.
Seria interessante que, a exemplo do que a Embrapa realizou no Zoneamento do Estado de Tocantins, fosse elaborada uma representação sistemática das inter-relações dos diversos ramos de atividades e setores econômicos, através de tabelas input-output, com vistas a abranger todas as relações econômicas internas e externas das regiões abrangidas pelos Eixos do PPA ou dos principais recortes espaciais escolhidos.
A análise do sistema sócio-econômico deve proporcionar o conhecimento de 4 temas integradores, passíveis de expressão cartográfica sintética:
a dinâmica espacial do uso das terras;
suas relações com a diferenciação espacial do desenvolvimento econômico;
a realidade sócio-econômica das sub-unidades do ZEE dentro de unidades maiores ou abrangentes e a correlação da diferenciação espacial do desenvolvimento econômico;
sua dinâmica sócio-econômica em relação com os problemas atuais de uso e ocupação das terras e os futuros advindos dos empreendimentos previstos no âmbito do PPA.
Essas análises e estudos nos sistemas sócio-econômicos regionais deverão ser capazes de evidenciar e considerar as interações específicas, circunstanciadas e espacializadas em unidades específicas (bacias, região, unidades de paisagem etc.), entre a ecologia e a economia, pelo menos em 3 sub-sistemas: o das atividades agro-silvo-pastoris, o das atividades energético-mineradoras e o das atividades industriais urbanas. Essas interações específicas são uma das formas mais operacionais de integração da ecologia com a economia com vistas a realização de um verdadeiro zoneamento ecológico-econômico.
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